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27 janeiro 2012

Gênesis 1 - Dias literais ou eras?

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O cristianismo é sem dúvida extremamente coerente. Suas estruturas doutrinárias, lógicas e racionais dão a ele uma base teológica sem paralelos. No entanto, a sua consistência tem sido muito atacada pela ciência durante os últimos 150 anos.


O livro de Gênesis, com o seu relato sobre a criação, tem sido colocado num plano de completo descrédito, chegando até por muitos a ser considerado pura mitologia. Portanto, a pergunta que muitos fazem e buscam por uma resposta autêntica e relevante é: É possível reconciliar a Bíblia com a Ciência? Uma pergunta melhor seria: É possível reconciliar a Bíblia com a Ciência sem comprometer a integridade de cada uma? Para uma grande maioria a resposta seria não. No entanto, temos que verificar de uma forma mais ampla o que está implícito nesta pergunta. Para que a Bíblia e a Ciência possam ser reconciliadas, é necessário que a comparação tenha uma base sólida e que não comprometa a integridade de ambas as partes. Para que isso aconteça, a ciência deve estar devidamente estabelecida e a Bíblia deve ser corretamente interpretada.

Primeiramente, o que seria então uma ciência devidamente estabelecida? Quando falamos da ciência, estamos falando, geralmente, de uma área de conhecimento ou de um grupo de disciplinas interligadas. Na verdade, falamos das suas proposições científicas, ou seja, propostas dadas pela ciência que ofereçam uma explicação sobre algo da natureza. A lei da gravidade é um exemplo. Ela oferece uma explicação do "por quê" as coisas "caem" (na verdade ela explica a maneira pela qual os corpos ou massas se atraem). Dentro dessas proposições, hipóteses e teorias não podem ser consideradas com ciência devidamente estabelecida.

A teoria da relatividade, por exemplo, oferece muitas explicações, mas não recebeu até o momento a qualificação de lei da relatividade. A razão é que ela ainda terá que passar por muitos testes. Se estes testes confirmarem as propostas da teoria da relatividade, não havendo mais nenhum outro teste relevante que possa ser feito para questionar a sua validade, a mesma receberá a qualificação de lei da relatividade. Portanto, comparar a Bíblia, ou mesmo desenvolver uma interpretação textual bíblica baseada em teoria ou hipótese científica, é, em última análise um grave erro. A ciência (ou proposta científica) deve estar devidamente estabelecida. Ela não pode ter a qualificação de hipótese ou teoria científica.

Um exemplo claro nesta área é a utilização da teoria da evolução como parâmetro para interpretação de Gênesis capítulo 1. A teoria da evolução não passa de uma teoria. Por mais elaborada que seja, ainda não foi provada e, portanto, não pode ser utilizada como base de comparação e mesmo de interpretação das Escrituras. Mas como saber se a Bíblia está sendo corretamente interpretada? Uma regra básica da hermenêutica é A Bíblia interpreta a própria Bíblia . 



Como interpretar os dias de Gênesis? Dias literais ou eras?



A palavra hebraica "yom", por ter um significado que pode ser interpretado tanto como dia literal ou como era, não oferece uma conclusão final, se bem que a inclusão de tarde e manhã deixa claro que está se tratando de um período de 24 horas. O quarto mandamento, no entanto, é o que nos dá a resposta da interpretação correta sobre os dias da criação. Nele, o Senhor Deus nos manda guardar um dia em sete. Qual o período deste "um dia"? 24 horas? Milhares de anos? Milhões de anos?

A interpretação do período dos seis primeiros determina a quantidade de tempo do sétimo dia a ser guardado. Sabemos que as Escrituras tratam do dia de descanso como sendo um período de 24 horas e não de "eras".

Portanto, a interpretação de "yom" em Gênesis 1 é de um período de 24 horas.

Mas isto não é coerente com a proposta da teoria da evolução? Correto! A teoria da evolução precisa primeiramente ser provada como sendo verdadeira. Até o presente momento, a evidência acumulada é contra ela. Portanto, Toda Ciência devidamente estabelecida e Toda a Bíblia corretamente interpretada Nunca cairão em contradição.


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